HIV
O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na sub família dos lentivírus. Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que a via sexual é a forma de transmissão predominante do HIV, através da exposição a secreções contagiosas que contenham o vírus e/ou células infectadas. Outra forma significativa de transmissão ocorre através de exposição parenteral a sangue, hemoderivados ou tecidos infectados pelo HIV, assim como também desta forma ocorre a transmissão perinatal. Apesar de já se ter isolado o HIV a partir de secreções e tecidos de diversas origens, o potencial de infectividade destas fontes de isolamento mostra-se bastante limitado. Por exemplo, a saliva contém enzimas e outras substâncias que inativam o HIV, sendo, portanto, muito improvável que o transmita. O contato casual não é associado à transmissão do HIV, devido à não exposição, nestas circunstâncias, ao sangue ou a outros fluidos corporais contagiosos. Estudos epidemiológicos e parasitológicos têm refutado a teoria de que mosquitos e outros insetos pudessem ser vetores de transmissão do HIV.
Em 1986, foi detectado em Lisboa, Portugal, em indivíduos procedentes de Guiné-Bissau e Cabo Verde (ilhas portuguesas situadas a oeste da África Ocidental), um novo retrovírus humano, chamado HIV-2.
Posteriormente, em 1987, o HIV-2 foi detectado em seis diferentes países europeus. Em junho de 1987, o HIV-2 foi detectado por Veronesi e Cols, pela primeira vez nas Américas, em São Paulo, Brasil.
O HIV-2 é extremamente raro entre doadores de sangue dos EUA (três positivos entre 74 milhões de doadores de sangue e plasma). Também no Brasil é raro o encontro de HIV-2 em bancos de sangue.
AIDS
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma manifestação clínica avançada da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2). Geralmente, a infecção pelo HIV leva a uma imunossupressão progressiva, especialmente da imunidade celular, e a uma desregulação imunitária. Tais desregulações e supressões imunitárias acabam por resultar em infecções oportunístas, neoplasias e/ou manifestações (demência, caquexia, trombicitopenia etc.) que são condições definidoras de AIDS, quando em presença da infecção pelo HIV.
A AIDS, como doença totalmente manifesta, caracteriza-se por contagens de linfócitos T CD4+ abaixo de 200/mm3 (milímetros cúbicos), sendo frequentemente associada a doenças vistas especificamente em pacientes com grave disfunção imune celular. Geralmente subdivide-se a AIDS em dois estágios: doença do HIV sintomática tardia e doença do HIV avançada. A doença tardia do HIV caracteriza-se por complicações infecciosas secundárias usualmente tratáveis, como reativação de tuberculose, pneumocistose pulmonar, candidíase esofágica, toxoplasmose etc. Já os pacientes com doença avançada do HIV costumam desenvolver doenças mais refratárias, como retinite citomegálica, micobacteriose do complexo avium-intracelulare, leucoencefalopatia multifocal progressiva, linfomas etc.
Uma infecção comum, que numa pessoa sem AIDS possa ser curada facilmente, pode se tornar fatal para uma pessoa contaminada com o HIV.
O advento da terapia anti-retroviral e das profilaxias tem modificado substancialmente a história natural da AIDS, aumentando a sobrevida média.
SINAIS DA AIDS / SINTOMAS DA AIDS
ESTÁGIO 1 - Tempo aproximado: de semanas a 6 meses
Você parece sadio. O teste da AIDS pode dar negativo. Mas mesmo parecendo sadio e com o teste negativo você já pode transmitir o vírus a outras pessoas.
ESTÁGIO 2 - Geralmente pode levar de 1 ano a 5 anos (ou mais)
Você mantém a aparência saudável mas o teste da AIDS já dá positivo. Você é um portador do HIV.
ESTÁGIO 3 - Não tem tempo determinado: pode aparecer em meses ou anos
A AIDS é um mal que se disfarça muito bem no organismo da pessoa contaminada. É importante notar que muitos dos sinais e sintomas da AIDS podem ocorrer por causa de outras doenças comuns em nosso meio. Isso significa que a presença de um ou outro dos sinais ou sintomas citados a seguir não quer dizer que a pessoa está contaminada com vírus da AIDS.
Neste estágio alguns sinais e sintomas podem sugerir a contaminação pelo HIV:
* Cansaço e fraqueza anormais para desenvolver as atividades habituais;
* Emagrecimento sem causa aparente;
* Febre contínua, suores noturnos;
* Ínguas que duram mais de três meses;
* Tosse seca, prolongada, sem ter bronquite ou ser fumante;
* Sapinho na boca;
* Diarréia prolongada;
ESTÁGIO 4 - Pode ocorrer no período de meses ou anos
Por ter queda nas defesas do corpo, a pessoa contaminada com o vírus da AIDS facilmente pega outras doenças graves, que poderão levá-lo à morte. As mais comuns são pneumonia, câncer, diversos tipos de infecções e problemas no cérebro. Nesta fase é que se diz geralmente que a pessoa já está com AIDS. Entre uma complicação e outra, o portador de AIDS pode apresentar aparência de saúde razoável, pelo menos no começo.
Se alguém estiver desconfiado de que está com o vírus porque teve um comportamento de risco (sexo sem proteção ou compartilhamento de seringas e agulhas, por exemplo), é importante consultar um médico ou então um serviço de saúde especializado que possa tirar todas as dúvidas e até realizar o teste da AIDS.
EM QUE SITUAÇÕES SE PODE PEGAR AIDS ?
1 - Nas relações sexuais - Sexo anal, vaginal ou oral, no qual um dos parceiros esteja contaminado.
2 - Nas transfusões de sangue, quando o sangue estiver contaminado.
3 - Nas práticas de compartilhar agulhas e seringas (duas ou mais pessoas usarem uma só), especialmente no uso de drogas injetáveis, quando um dos usuários estiver contaminado.
4 - Materiais de acupuntura, tatuagens e outros objetos perfurantes e cortantes também podem representar perigo.
5 - Da mãe para o filho durante a gravidez, parto e amamentação, se a mãe estiver contaminada.
ONDE NÃO HÁ RISCO DE SE PEGAR AIDS ?
1 - No beijo social, abraços e apertos de mão.
2 - No convívio familiar.
3 - No local de trabalho.
4 - Nos transportes coletivos.
5 - Nos aparelhos sanitários, pias e piscinas.
6 - No uso comum de pratos, talheres e copos.
7 - Nas picadas de insetos.
8 - Na doação de sangue.
PREVENÇÃO
O preservativo, ou camisinha como é mais conhecido, é uma forma de se prevenir contra a AIDS. No entanto, a camisinha não é totalmente segura, pois ela pode rasgar. Use somente camisinhas feitas de látex (borracha) e dê preferência às que já são lubrificadas. Não utilize óleos, geléias, vaselinas, pois podem enfraquecer a borracha e causar o rompimento da camisinha.
Como usar: verifique se a borracha se adaptou corretamente ao pênis, ereto (ou duro). Faça compressão ao desenrolar e colocar a camisinha para expelir o ar e deixe um espaço na ponta para permitir que estique durante a relação sexual e possa armazenar o esperma. (Não desenrole a camisinha para depois colocá-la no pênis). Para retirá-la, faça-o antes do pênis perder a ereção e com cuidado para não vazar.
Por ser um vírus alojado dentro da célula, o HIV é transmitido de modos muito específicos, no contato direto da corrente sanguínea com determinados fluidos corporais onde circulam os linfócitos portadores. Os fluidos corporais que contém o HIV em quantidades suficientes para a transmissão são o sangue, o esperma, a secreção vaginal e o leite materno. O contato destes líquidos com a pele íntegra não transmite o vírus, ele só é transmitido quando há uma passagem direta para a corrente sanguínea.
O HIV é um vírus "anorexígeno", isto é, ele não sobrevive fora da célula, em contato com o ar. Portanto ele não se transmite através de beijos, carícias, talheres, copos, tosse, espirro, lágrima, suor, picada de insetos, animais domésticos, piscinas, contato cotidiano, ou quaisquer outras práticas que não envolvam trocas dos fluidos corporais mencionados acima.
A transmissão do HIV pode ser evitada das seguintes formas:
Sexo Seguro: Com o uso de preservativo (incluindo sexo oral).
Evitando compartilhar objetos perfuro-cortantes que entrem em contato direto com sangue, principalmente seringas. Caso estes objetos não sejam descartáveis é recomendável que se faça uma esterilização simples (fervendo, passando álcool ou água sanitária). É sempre preferível que se utilize apenas seringas e agulhas descartáveis.
Evitando receber doações de sangue e derivados, esperma ou órgãos que não tenham sido testados para o HIV.
Lembramos que uma mulher grávida pode transmitir o HIV para o seu filho, durante a gestação, no momento do parto ou amamentando-o. Caso uma mulher soropositiva queira engravidar é importante que ela procure orientação médica especializada pois há formas de reduzir o risco de transmissão para o bebê.
Uma outra informação importante: a camisinha, embora não seja 100% segura, é extremamente segura quando utilizada corretamente. A maior causa de rompimento são os erros na sua utilização. Muitos portadores do HIV têm vida sexual ativa, sem que isto represente um risco para os seus parceiros.
CONVIVENDO COM O DOENTE DE AIDS
As pessoas que têm AIDS precisam de apoio e de cuidados. Segue algumas formas de como apoiar um amigo, colega ou alguém da família que tenha AIDS. É importante saber conviver com pacientes que tenham AIDS e observar algumas regras simples, mas importantes.
As pessoas com o vírus da AIDS mas sem complicações da doença devem levar uma vida normal, inclusive trabalhar. Entretanto, essas pessoas não devem doar sangue nem manter relações sexuais sem camisinha.
As pessoas que têm a doença AIDS desenvolvida só devem ser afastadas de suas atividades normais quando seu estado físico assim o exigir.
Se você cuidar de um paciente com AIDS, solicite ao médico ou à equipe que o está assistindo, que o oriente a respeito dos cuidados que você deve adotar.
Os seus ferimtransmissão de muitas doenças, como hepatite, conjuntivites, micoses etc., é importante que cada um tenha os seus objetos de uso pessoal: toalhas, alicates de unha, escovas de dentes. Não há problemas no uso de aparelhos comuns, como telefone, ferramentas, equipamentos de trabalho, máquinas de escrever ou máquinas de fábrica.
Pisos e locais infectados com sangue, vômitos etc. do doente devem ser desinfectados com água sanitária (Cândida, Q'Boa). Uma parte de água sanitária e 5 de água da torneira é o indicado. Roupas sujas com secreções devem ser lavadas em água quente. Em serviços de jardinagem não deixar de usar luvas. Lavar, nesse caso, as mãos. A pessoa que cuida de um paciente com o vírus da AIDS deve evitar contato com o doente se estiver com gripe ou outras doenças infecciosas.
Os doentes de AIDS precisam de apoio, amizade, explicações e novas informações. Apertar a mão, abraçar ou dar um beijo no rosto, não contamina ninguém. É importante o apoio para o doente. Fale com ele sempre que possível, pessoalmente ou por telefone. Ele se sente bem melhor quando tem com quem dividir suas emoções, sentimentos e necessidades. Leve-o a passeios e promova visitas de outras pessoas. Seja solidário.
EXAMES
Existem três tipos de exames comumente utilizados para a detecção do HIV:
Elisa- É o exame mais utilizado, adotado principalmente para a triagem inicial. Devido a sua alta sensibilidade, pode apresentar resultados falso-positivos e por isso precisa ser confirmado com outra técnica. A maioria dos laboratórios já realiza esta confirmação automaticamente.
Imuno-Fluorescência- É um exame confirmatório e deve ser realizado após um resultado Elisa positivo.
Western-Blot- É também confirmatório, um pouco mais preciso que o de Imuno-Fluorescência, pois identifica componentes específicos do vírus. É o mais amplamente adotado para confirmar um resultado positivo de Elisa.
Existem ainda, outros exames que podem detectar diretamente o vírus, ao contrário dos anteriores, que detectam o anticorpo correspondente ao vírus. São técnicas caras, normalmente só realizadas em pesquisas e não estão disponíveis na rede pública, como por exemplo o PCR e o P24.
Importante: A Janela Imunológica é um período de 3 semanas a no máximo 6 meses logo após a exposição ao HIV, em que o resultado do teste pode não ser positivo, mesmo que o vírus esteja presente. Este é o tempo que o organismo leva para produzir os anticorpos para o HIV, que são detectados com os três exames de rotina descritos acima
Os exames de contagem de células CD4+/CD8+ e de quantificação de carga viral são necessários para indicar início de terapia anti-retroviral e para o acompanhamento periódico dos resultados obtidos com o tratamento. Para isso, o Ministério da Saúde disponibiliza esses exames em alguns laboratórios da rede do SUS do município do Rio de Janeiro. Esses exames são sempre solicitados pelo médico que acompanha o paciente na rede pública e cada unidade tem sua referência para marcação e agendamento dos exames.
entos e do doente devem ser mantidos cobertos com curativos impermeáveis.
Para evitar a transmissão de muitas doenças, como hepatite, conjuntivites, micoses etc., é importante que cada um tenha os seus objetos de uso pessoal: toalhas, alicates de unha, escovas de dentes. Não há problemas no uso de aparelhos comuns, como telefone, ferramentas, equipamentos de trabalho, máquinas de escrever ou máquinas de fábrica.
Pisos e locais infectados com sangue, vômitos etc. do doente devem ser desinfectados com água sanitária (Cândida, Q'Boa). Uma parte de água sanitária e 5 de água da torneira é o indicado. Roupas sujas com secreções devem ser lavadas em água quente. Em serviços de jardinagem não deixar de usar luvas. Lavar, nesse caso, as mãos. A pessoa que cuida de um paciente com o vírus da AIDS deve evitar contato com o doente se estiver com gripe ou outras doenças infecciosas.
Os doentes de AIDS precisam de apoio, amizade, explicações e novas informações. Apertar a mão, abraçar ou dar um beijo no rosto, não contamina ninguém. É importante o apoio para o doente. Fale com ele sempre que possível, pessoalmente ou por telefone. Ele se sente bem melhor quando tem com quem dividir suas emoções, sentimentos e necessidades. Leve-o a passeios e promova visitas de outras pessoas. Seja solidário.
Alunos: Fernando, João, Marciléia, Mayara, Michel
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